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20.5.09

Líder comunista romena

A única mulher romena que foi capa do Time (em 20 de setembro de 1948), Ana Pauker, née Hanna Rabinsohn (1893-1960), neta de um rabino moldavo, foi chamada de “a mais poderosa mulher do mundo” por aquela revista, ao passo que na Romênia foi apelidada de "Stalin de saias". Hoje, raramente lembrada, é vista como mais uma peça na engrenagem do comunismo soviético na Romênia. A biografia de Robert Levy (Ana Pauker, the rise and fall of a Jewish Communist, University of California Press, 2001) transforma dramaticamente essa imagem, revelando uma mulher de força notável, muito mais dominada por conflitos e contradições do que pelo dogmatismo. Contando a história da juventude de Ana Pauker em um ambiente cada vez mais anti-semita, seu compromisso com a luta revolucionária e sua ascensão no movimento comunista romeno, Robert Levy não tenta esconder suas atividades, mas explora todos os contornos de sua personalidade complexa com base em dados encontrados na massa de documentos recentemente revelados.

12.5.09

A saga dos Bloch

A saga dos Bloch, desde Jitomir, na Ucrânia - onde no início do século XX o patriarca Joseph tinha uma gráfica - até o apogeu e a queda de um império de comunicações no Brasil, é narrada com forte veia literária por Arnaldo Bloch. No centro da epopéia, concentrando as qualidades e os defeitos da família, sobressai o caçula dos "irmãos Karamabloch", Adolpho, comandante carismático e tirânico, amigo de presidentes, patrono de artistas, mulherengo, jogador e visionário. Paixões, angústias ancestrais, projetos ambiciosos e lutas fratricidas se sucedem numa narrativa que dá voz aos próprios protagonistas. Com auto-ironia e emoção, Os irmãos Karamabloch (Companhia das Letras, 2008) expõe as luzes e as sombras de uma família que parece saída dos livros.

Fonte: contracapa da obra.