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23.4.09

Epelboim

Leia abaixo fragmento de texto autobiográfico assinado por Abrahão Epelboim, retirado do projeto Memórias do Comércio na Cidade do Rio de Janeiro, uma iniciativa do SESC Rio desenvolvida pelo Museu da Pessoa:

Meu nome é Abrahão Joseph Epelboim, nasci em 1935 na cidade do Rio de Janeiro. Meus pais se chamam Saul Epelboim e Ana Epelboim. Tenho uma irmã e seu nome é Rosa Epelboim.

Meus pais chegaram ao Brasil por volta de 1927, fugindo do país de origem. Papai nasceu numa aldeia próxima a Bucareste, na Bessarábia, e mamãe próximo a um lugar sob domínio romeno, também na Bessarábia.

Infelizmente não conheci meus avós porque, sendo de origem israelita, meus pais eram imigrantes fugitivos. Apenas tenho conhecimento dos nomes deles.

Meus pais vieram morar no Rio porque receberam uma “carta de chamado” de um tio por parte de mãe, do qual eu levo o nome como homenagem.

Esse tio faleceu por causas desconhecidas logo depois. Não tinham conhecimento disso, pois ele se ausentou do Brasil, refugiando-se em Montevidéu, e perderam o contato com ele. As famílias de meus pais eram grandes, e durante a Segunda Guerra Mundial foram dizimadas, tanto por parte de papai como de mamãe.

Leia o artigo integral em Um Balcão na Capital. Na foto acima, a família do autor, em Teresópolis, 1970.

15.4.09

O bessarábio Vainer

Filho de imigrantes judeus da Bessarábia (na foto ao lado tirada em Gênova, às vésperas de partir para o Brasil, o pequeno Samuel aparece junto com a família), Samuel Vainer (1912-1980), ou Wainer, chegou ao Brasil ainda bebê, tendo passado a infância em São Paulo e estudado Farmácia no Rio de Janeiro. Abandonou o curso e chegou a vender falsos tapetes persas para sobreviver. Foi casado com Danusa Leão e, a partir de 1964 e nos três anos seguintes, passou a viver no Chile e depois na França por ter sofrido a cassação de seus direitos políticos. Com o exílio, seu jornal Última Hora definhou, e ele teve que vendê-lo em 1971. Posteriormente, passou a assinar a coluna São Paulo, como analista político da Folha de São Paulo.

Vainer foi o único jornalista sul-americano a cobrir o Tribunal de Nuremberg e estava em Jerusalém quando foi decidida a criação do Estado de Israel.

Sua autobiografia encontra-se registrada em Minha Razão de Viver (editora Planeta, 2005).

Fonte: Memorial da Fama