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16.11.10

Târgu Mures

Ao visitar a cidade transilvana de Târgu Mures (Marosvásárhely, Neumarkt), não pude deixar de admirar seu centro antigo, que ainda revela as belas marcas da corrente Art Nouveau - em voga, numa abordagem muito própria, entre os arquitetos húngaros do início do século XX - promovida nos anos imediatamente anteriores à I Guerra Mundial por seu prefeito visionário György Bernády.

Parte das importantes transformações urbanísticas que a cidade sofreu naquela época, e que haveriam de apagar sua feição ainda rural, constitui a Grande Sinagoga, por muitos considerada o mais belo templo israelita de toda a Transilvânia. Inaugurado em 1900, o edifício foi construído conforme os planos em estilo eclético do arquiteto vienense Jakob Gärtner (1861-1921).

Em 1944, sob o regime ditatorial húngaro que vigorou de 1940 até aquele ano na Transilvânia Setentrional, cerca de 7000 judeus da cidade - 15% da população - foram concentrados em guetos e em seguida deportados para a morte em Auschwitz. Ao todo, 150.000 judeus foram deportados de toda a Transilvânia Setentrional. Hoje em dia, na atual província de Mures, da qual Târgu Mures é a capital, os judeus não passam de 200.

Em 2003, as autoridades locais romenas inauguraram, numa praça central da cidade, um monumento em memória àquelas vítimas. A estátua, representando uma família abraçada, foi realizada por um dos sobreviventes da tragédia: Izsák Martin.

Fotos: do autor.

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