Reproduzo, abaixo, fragmento do artigo Judeus celebram 100 anos no Estado, de autoria de Daniel Leal, publicado em 31 de agosto de 2008 pela Folha de Pernambuco:
A comunidade judaica tem importância fundamental na história do Recife [na foto de ca. 1885, a Rua dos Judeus]. Na época da dominação holandesa, uma grande quantidade de judeus se estabeleceu no local. A formação da primeira comunidade judaica no Estado ocorreu no início do século 17, graças à liberdade religiosa do governo de Maurício de Nassau, época em que foi fundada, inclusive, a Primeira Sinagoga das Américas.
Com as perseguições aos judeus no século 20, novamente Recife se transformou em uma possibilidade de liberdade para o povo judaico. A partir do início do século 20, um grupo de imigrantes formou no Estado uma pequena comunidade, originando a que persiste até hoje, plenamente integrada, atuante social, cultural e economicamente.
E eles vieram de longe: o czar da Rússia, precisando responsabilizar alguém pela situação de calamidade em que vivia o povo russo, acabou conseguindo culpar os judeus pela desarmonia do país. “A atual comunidade judaica foi formada por refugiados vindos da Rússia. No tempo do Czarismo, a situação era difícil. Era grande a pobreza entre a população, os judeus não podiam estudar nem trabalhar e ainda eram mortos, vítimas do preconceito”, contou a presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, Tânia Kaufman.
Anete Hulak é, hoje, um símbolo de todo o desenvolvimento judaico em Pernambuco. Aos 106 anos, lúcida, ela é a pessoa mais antiga da comunidade judaica do Estado. “Invadiram a Bessarábia (atual Romênia) e tivemos que fugir. Em 1924, viemos para o Brasil. No começo, ainda mantínhamos correspondência com os amigos que ficaram lá, mas, depois, com a guerra, perdemos o contato. Tive problemas com a língua, isso é natural. Eu vim porque tinha duas irmãs aqui. Agora, sou naturalizada brasileira”.
Este ano está se comemorando os cem anos da presença judaica em Pernambuco. Na verdade, esse centenário é o da terceira leva judaica que chegou ao Nordeste brasileiro, já que os judeus encontram-se presentes na região desde 1503, com a sua chegada à ilha de Fernando de Noronha.
A comunidade judaica tem importância fundamental na história do Recife [na foto de ca. 1885, a Rua dos Judeus]. Na época da dominação holandesa, uma grande quantidade de judeus se estabeleceu no local. A formação da primeira comunidade judaica no Estado ocorreu no início do século 17, graças à liberdade religiosa do governo de Maurício de Nassau, época em que foi fundada, inclusive, a Primeira Sinagoga das Américas.
Com as perseguições aos judeus no século 20, novamente Recife se transformou em uma possibilidade de liberdade para o povo judaico. A partir do início do século 20, um grupo de imigrantes formou no Estado uma pequena comunidade, originando a que persiste até hoje, plenamente integrada, atuante social, cultural e economicamente.
E eles vieram de longe: o czar da Rússia, precisando responsabilizar alguém pela situação de calamidade em que vivia o povo russo, acabou conseguindo culpar os judeus pela desarmonia do país. “A atual comunidade judaica foi formada por refugiados vindos da Rússia. No tempo do Czarismo, a situação era difícil. Era grande a pobreza entre a população, os judeus não podiam estudar nem trabalhar e ainda eram mortos, vítimas do preconceito”, contou a presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, Tânia Kaufman.
Anete Hulak é, hoje, um símbolo de todo o desenvolvimento judaico em Pernambuco. Aos 106 anos, lúcida, ela é a pessoa mais antiga da comunidade judaica do Estado. “Invadiram a Bessarábia (atual Romênia) e tivemos que fugir. Em 1924, viemos para o Brasil. No começo, ainda mantínhamos correspondência com os amigos que ficaram lá, mas, depois, com a guerra, perdemos o contato. Tive problemas com a língua, isso é natural. Eu vim porque tinha duas irmãs aqui. Agora, sou naturalizada brasileira”.
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