Estive no fim-de-semana passado em Noua Suliţă (Suliţa Târg, Suliţa, Novoselytsya, Новоселиця, Новоселица, Nowoselyzja, Nowosielica, Nowosielitza), na região histórica da Bessarábia, desde 1991 em território da Ucrânia independente, perto da fronteira com a Romênia, onde visitei o imenso e antigo cemitério judaico local [foto do autor].
Às margens do rio Prut, Nova Sulitza foi mencionada documentalmente pela primeira vez em 1456, tendo pertencido ao Principado da Moldávia até 1812. Com a transferência da Bessarábia para o Império Russo, sua metade oriental passou para o domínio russo, ao passo que sua metade ocidental, desde 1775, já pertencia à província austro-húngara da Bucovina.
Em 1905 foi inaugurada a estação de trem local, numa linha existente desde o último quarto do século XIX, e que se transformou no principal ponto de trânsito de couro bovino exportado para o Império Austro-Húngaro. A estação ficou famosa pelo fato de ali o célebre jornalista norte-americano John Reed ter iniciado, em 1915, sua viagem à Rússia para cobrir a Revolução Bolchevique.
Com o fim da I Guerra Mundial, a cidade passou integralmente para a Romênia e, com a II Guerra Mundial, para a União Soviética.
Em 1930, a cidade, segunda maior da província romena de Hotin e importante centro comercial, contava com uma população de 5000 habitantes, dentre os quais cerca de quatro quintos eram judeus Era servida por diversas agências bancárias, um ginásio e um hospital israelitas, uma sinagoga, uma agência dos correios e telégrafos, um liceu comercial, um ginásio industrial, um tribunal, dois cinemas e aeroporto.
Atualmente a cidade conta com pouco mais de 8000 habitantes, dentre os quais cerca de meia dúzia de famílias judias.
Às margens do rio Prut, Nova Sulitza foi mencionada documentalmente pela primeira vez em 1456, tendo pertencido ao Principado da Moldávia até 1812. Com a transferência da Bessarábia para o Império Russo, sua metade oriental passou para o domínio russo, ao passo que sua metade ocidental, desde 1775, já pertencia à província austro-húngara da Bucovina.
Em 1905 foi inaugurada a estação de trem local, numa linha existente desde o último quarto do século XIX, e que se transformou no principal ponto de trânsito de couro bovino exportado para o Império Austro-Húngaro. A estação ficou famosa pelo fato de ali o célebre jornalista norte-americano John Reed ter iniciado, em 1915, sua viagem à Rússia para cobrir a Revolução Bolchevique.
Com o fim da I Guerra Mundial, a cidade passou integralmente para a Romênia e, com a II Guerra Mundial, para a União Soviética.
Em 1930, a cidade, segunda maior da província romena de Hotin e importante centro comercial, contava com uma população de 5000 habitantes, dentre os quais cerca de quatro quintos eram judeus Era servida por diversas agências bancárias, um ginásio e um hospital israelitas, uma sinagoga, uma agência dos correios e telégrafos, um liceu comercial, um ginásio industrial, um tribunal, dois cinemas e aeroporto.
Atualmente a cidade conta com pouco mais de 8000 habitantes, dentre os quais cerca de meia dúzia de famílias judias.
2 comentários:
Emociona-me ler isto!
Minha mãe, ainda viva, e meus avós maternos vieram da Bessarábia!
Para aqui... 22 mil quilômetros, no meio do mato, abrir estradas, trocar mão de obra por trabalho...
Anna Novassowsky, Pavel Prossi.
Tighina.
saudações
anatolio perverzieff
Fiquei até emocionada, já tinha pesquisado algumas vezes na internet e nunca tinha achado nada de Novitsuliza. Meu pai veio de lá (já é falecido). Estou com viagem marcada para Rumania em abril/2010 e quero também ir em busca de minhas raízes. Moro em S.Paulo-Brasil. Parabéns pela iniciativa.
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