Em 25 de julho visitei novamente Cernăuţi (Чернівці, Czerniowce, Czernowitz, Tschernowitz, Chernivtsi), antiga capital da Bucovina (1775-1918), província mais oriental do Império Austro-Húngaro, atualmente, junto com Lviv, na antiga Galícia, principal centro cultural da Ucrânia ocidental. Apelidada como Pequena Viena, a cidade ainda mantém viva a atmosfera austríaca, sobretudo graças às obras realizadas para comemorar, em 2008, os 600 anos da sua primeira menção documental. Na foto [do autor], a cinegoga, como é popularmente conhecida a sala de cinema instalada no antigo prédio da sinagoga central, um dos contundentes testemunhos da antiga presença judaica.
Com o fim da I Guerra, Cernauti passou a integrar o território da Romênia. Conforme os dados do censo de 1930, dos 113 mil habitantes dessa cidade, possivelmente a mais multiétnica da Europa Centro-Oriental, 43 mil eram judeus que viviam em harmonia com romenos, alemães, ucranianos e poloneses. Mais da metade da população judaica foi dizimada durante a II Guerra pelo regime do Marechal Antonescu, em colaboração com a Alemanha nazista. Com a instauração do regime soviético em 1944, quando a parte setentrional da Bucovina passou a fazer parte da República Socialista Soviética da Ucrânia, judeus, alemães, romenos, poloneses e ucranianos foram deportados, a cidade tendo sido repopulada com cidadãos profundamente ligados à cultura russa, oriundos de diferentes regiões da União Soviética.
A população atual, conforme o censo de 2001, soma 240 mil habitantes, dentre os quais 1.300 judeus. Ao longo de sua história, a cidade acolheu e deu origem a grandes personalidades de origem judaica, tais como Rose Ausländer, Paul Celan, Joseph Schmidt, Karl Emil Franzos, Abraham Goldfaden, Nathan Birnbaum, Alfred Margul-Sperber, Wilhelm Reich e Joseph Schumpeter.
A 35km de Siret, na fronteira romena, a cidade e seus arredores constituem importante atração turística, com inúmeros monumentos históricos que testemunham seu rico passado multicultural.
Com o fim da I Guerra, Cernauti passou a integrar o território da Romênia. Conforme os dados do censo de 1930, dos 113 mil habitantes dessa cidade, possivelmente a mais multiétnica da Europa Centro-Oriental, 43 mil eram judeus que viviam em harmonia com romenos, alemães, ucranianos e poloneses. Mais da metade da população judaica foi dizimada durante a II Guerra pelo regime do Marechal Antonescu, em colaboração com a Alemanha nazista. Com a instauração do regime soviético em 1944, quando a parte setentrional da Bucovina passou a fazer parte da República Socialista Soviética da Ucrânia, judeus, alemães, romenos, poloneses e ucranianos foram deportados, a cidade tendo sido repopulada com cidadãos profundamente ligados à cultura russa, oriundos de diferentes regiões da União Soviética.
A população atual, conforme o censo de 2001, soma 240 mil habitantes, dentre os quais 1.300 judeus. Ao longo de sua história, a cidade acolheu e deu origem a grandes personalidades de origem judaica, tais como Rose Ausländer, Paul Celan, Joseph Schmidt, Karl Emil Franzos, Abraham Goldfaden, Nathan Birnbaum, Alfred Margul-Sperber, Wilhelm Reich e Joseph Schumpeter.
A 35km de Siret, na fronteira romena, a cidade e seus arredores constituem importante atração turística, com inúmeros monumentos históricos que testemunham seu rico passado multicultural.
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